Nenhuma das 28 novas Unidades de Saúde Familiar (USF) a transitar para o modelo B, durante o primeiro semestre deste ano, integra o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS do Baixo Mondego.
As USF-B, registe-se, constituem, a “última etapa do desenvolvimento das Unidades de Saúde Familiar”, sendo que os seus profissionais têm um regime de incentivos financeiros. As 28 novas representam “o maior número” de unidades a fazer a transição “desde 2010”.
No Baixo Mondego, existem 36 centros de atendimento a utentes, divididos em 27 USF e nove UCSP – Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados. Dentre as USF, 11 transitaram já para o Modelo B: seis em Coimbra (duas em Celas, duas em Santa Clara, uma em São Martinho do Bispo e uma no Norton de Matos); duas na Figueira da Foz; duas em Condeixa e uma em Cantanhede.
Segundo o diretor do ACeS Baixo Mondego, José Luís Biscaia, avançaram já candidaturas para mais seis USF, todas do modelo A: três na Figueira da Foz (duas no centro de Saúde Figueira Norte e uma no Figueira Sul); duas em Coimbra (ambas no Centro de Saúde Fernão de Magalhães) e uma em Soure.
Refira-se que as novas USF propostas para a Fernão de Magalhães “acompanham” o processo de abertura da nova infraestrutura, prevista para abril. Uma das novas unidades, sugestivamente intitulada “São Marcos do Mondego”, vai abranger a lista de utentes atualmente distribuídos pelos três polos, Ardazubre, São João do Campo e São Silvestre.
No comunicado da tutela, lê-se que, “num contexto de forte valorização dos Cuidados de Saúde Primários (CSP)”, que o Governo considera uma “área prioritária no desenvolvimento do SNS”, “a criação de novas USF assume (…) um papel essencial”.
No despacho conjunto dos ministérios das Finanças e da Saúde, ontem publicado, determina-se ainda que “até 30 de junho de 2023, terá também lugar um processo de revisão do modelo de pagamento pelo desempenho em vigor nestas unidades, que visa ajustar o modelo à melhoria contínua da prestação de cuidados aos utentes”.
Desta forma, o Governo “reitera o compromisso de reforçar o acesso a equipas de saúde familiar e a aposta neste modelo, que tem sido exemplo de uma organização que coloca o utente no centro dos cuidados de saúde e do acesso à resposta do SNS”.