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Região de Coimbra

2023/02/23

AM de Coimbra homenageia Jorge Vilas, fundador da Semearrelvinhas

Concelho

A Assembleia Municipal de Coimbra fez hoje um minuto de silêncio pela morte de Jorge Vilas, fundador da Cooperativa de Habitação Económica Semearrelvinhas e símbolo da luta por habitação digna no concelho.

Jorge Vilas, que morreu no sábado, aos 81 anos, em Coimbra, fundou e dirigiu a Semearrelvinhas, tendo tido um papel essencial na construção do Bairro da Relvinha, após o 25 de Abril, erigido pelos próprios moradores e voluntários, na zona suburbana da cidade.

CDU, PSD e movimento Cidadãos por Coimbra apresentaram, cada um, uma moção de pesar pela morte de Jorge Vilas, mas o presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, Luís Marinho (PS), decidiu que o assunto não era “votável”, propondo antes um “minuto de silêncio, que é a homenagem mais sentida e significante” que aquele órgão poderia fazer.

“Partiu um Homem bom. Pai, avô, vizinho, amigo, mas também operário, futrica, conimbricense, adepto da Académica, cidadão e ativista, Jorge Vilas era morador e o grande dinamizador do bairro da Relvinha”, afirmou o presidente da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Luís Correia (PSD), que leu, durante a Assembleia Municipal, um texto escrito a seis mãos: Filipa Queiroz, Filipa Alves, João Baía, Rui Calado, Ana Cortez Vaz e o próprio.

Segundo o texto lido por Luís Correia, o nome de Jorge Vilas “está inscrito na história de Coimbra e deverá ficar na sua toponímia, nas futuras investigações sobre a história da cidade, porque a sua sensibilidade, resiliência, permanente inquietação, solidariedade com todos os excluídos, capacidade de organização, disponibilidade e vontade em passar essa força e sabedoria aos novos dirigentes da Cooperativa Semearrelvinhas deixaram uma marca indelével, não só no bairro como na cidade”.

“Não há democracia, de facto, sem pessoas como Jorge Vilas que tanto lutou por um bem comum, que participou, que reivindicou, que tomou partido, que se solidarizou, que se inquietou, que organizou e que viveu virado para o futuro com a noção de que muitos dos sonhos de Abril de 74 estão ainda por cumprir e que a democracia é um músculo que, se não se exercita, perde força e deixa espaço livre para respostas autoritárias”, vincou.

Para os autores do texto, Semearrelvinhas “é, no fundo, semear uma Coimbra com menos desigualdades, mais participativa, com maior acesso à cultura, educação e habitação”.

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