No dia 28 de outubro, terça-feira, às 18h00, a Capela do Departamento de Arquitetura (DARQ) da Universidade de Coimbra acolhe a conversa “Clouds, Weather, Climate — Architecture between Modernity and the Planet”, com os arquitetos Simone De Iacobis e Gosia Kuciewicz (Centrala), Nuno Grande e o historiador de arquitetura Hans Ibelings, curador da Bienal Anozero’26. A iniciativa é promovida pela Bienal Anozero, com o apoio do DARQ, tem entrada livre e é aconselhável marcação.
A sessão reúne Simone De Iacobis e Gosia Kuciewicz, do coletivo Centrala, Nuno Grande (DARQ) e Hans Ibelings para uma reflexão sobre a arquitetura contemporânea e o seu papel num planeta em transformação, entre a herança da modernidade e os desafios ecológicos do presente.
O coletivo Centrala, que participará no Anozero’26, desenvolve uma prática centrada na relação entre arquitetura e processos naturais, entendendo o espaço construído como fluxo e transformação, e não como forma estática — um sistema em diálogo com a gravidade, a água e os fenómenos atmosféricos e astronómicos.
Hans Ibelings (Roterdão, Países Baixos) é professor na Daniels Faculty of Architecture, Landscape and Design da Universidade de Toronto e editor da Architecture Observer e da Maas Lawrence, em colaboração com Nanne de Ru.
Antes de se mudar para o Canadá, em 2012, fundou e dirigiu a revista A10 – New European Architecture, sediada em Amesterdão. Doutorado pela Universidade de Coimbra em 2019, é autor de obras de referência, entre as quais Modern Architecture: A Planetary Warming History (2023), European Architecture since 1890 (2011) e Supermodernism: Architecture in the Age of Globalization (1998).
A próxima edição da Bienal Anozero, a realizar-se entre 11 de abril e 5 de julho de 2026, terá curadoria de Hans Ibelings, John Zeppetelli e Daniel Madeira (curador assistente), sob o tema «Segurar, dar, receber» (To hold, to give, to receive).
A expressão remete à raiz proto-indo-europeia ghabh, origem da palavra habitat, e serve de ponto de partida para uma reflexão sobre os modos como arte, arquitetura e experiência pública podem contribuir para a construção de um habitat simbiótico e horizontal, fundado na reciprocidade e na partilha.
Inspirando-se nas ideias de Peter Kropotkin e na noção de apoio mútuo, a edição de 2026 propõe questionar hierarquias e expandir o campo da prática criativa, aproximando arte, design, arquitetura, artesanato, paisagismo, folclore e jardinagem enquanto formas equivalentes de intervenção sensível no mundo.
A Bienal Anozero é uma iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra, da Universidade de Coimbra e do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
Fonte/Foto: CM Coimbra