A Câmara Municipal (CM) de Coimbra, em associação com a empresa suíça Zasso, testou, durante esta semana, uma tecnologia inovadora, que condiciona o crescimento de vegetação herbácea espontânea dos passeios, nas calçadas, nas vias rodoviárias, entre outros espaços públicos. A operação decorreu em diferentes tipos de espaços, e obteve resultados com um elevado grau de sucesso, para o período de análise de 24, 48 e 76 horas. Em alguns casos, foi possível observar que ao final de 48 horas mais de 90% da superfície coberta por vegetação apresentava sinais de decadência, provocada pela desidratação das plantas e consequente morte celular.
A solução passa por gerar uma descarga elétrica nas zonas a tratar, devidamente controlada e segura para o operador e para os utilizadores da área pública, e pretende dar resposta ao controlo de vegetação, face à não utilização de herbicidas (glifosato) no perímetro urbano, assumida pelo atual Executivo municipal, por razões ecológicas, de saúde pública, de proteção da saúde dos animais domésticos e de salvaguarda das populações de polinizadores. Uma aposta que surge na sequência da autarquia, através do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade, continuar a reforçar as suas políticas de sustentabilidade e no alinhamento com o resultado do inquérito informal lançado à população (em que foi evidente a rejeição do uso de fitofármacos.
A solução foi apresentada publicamente ontem, dia 7 de novembro, na presença do presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, do vereador do Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Matias Lopes, e do diretor do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade, António Martins. É uma solução da empresa suíça Zasso que reúne diversas vantagens, nomeadamente a rapidez de operação, a redução do número de operadores e o aumento do espaçamento de utilizações, que passa para intervalos de quatro a seis meses (que contrastam com os dois ou três meses observados em corte tradicionais recorrendo a roçadoras manuais).
Importa, ainda, sublinhar que esta tecnologia substituiu, de forma eficaz, a utilização de herbicidas e de outros tipos de fitofármacos utilizados no controlo de vegetação em locais públicos de mobilidade urbana e tem como principal vantagem o facto de afetar o sistema radicular da planta, desacelerando significativamente a frequência de intervenção nos locais intervencionados.
Apesar de este ser um dos primeiros testes feitos em Portugal em espaço urbano, equipamentos semelhantes já estão em funcionamento em diversas cidades brasileiras, nomeadamente a cidade de Itabirito, com quem Coimbra participa num projeto de troca de experiências inovadoras, projeto INOVAJUNTOS.
O sistema apresentado e desenvolvido pela empresa Zasso já está em utilização também em áreas urbanas europeias e a solução foi validada por institutos de investigação e já tem certificação na Europa.
Fonte: CM Coimbra
Foto: CM Coimbra | João Paulo Silvano