A Galeria Pedro Olayo (filho) do Convento São Francisco vai acolher a exposição “Glossário de A a Z… Até à Revolução!”, que inaugura a 15 de fevereiro, às 16h00. O historiador Rui Bebiano vai fazer uma visita guiada à mostra, que tem a curadoria de Ana Biscaia. A exposição, uma coorganização da Casa da Esquina e da Câmara Municipal de Coimbra, é de entrada gratuita, pode ser vista de quarta a segunda-feira das 15h00 às 20h00 e vai estar patente até ao dia 22 de junho.
“Glossário de A a Z… Até à Revolução!” resulta de um desafio lançado pelo criador Ricardo Correia ao historiador Rui Bebiano para, com base em quatro peças de teatro documental escritas e encenadas pelo criador – Exílio(s) 61-74, Crise de 69, Cartas de Guerra (61-74) e Aerograma-Liberdade –, procurar esclarecer alguns termos, conceitos e episódios ligados à vida portuguesa nos finais do regime derrubado a 25 de Abril, que nelas aparecem ou fazem parte do seu cenário histórico, político e cultural.
Tendo como ponto de partida o livro “Lado A: Cartas da Guerra (61-74) – Aerograma Liberdade”, de Ricardo Correia, e “Lado B: Glossário”, de Rui Bebiano, o projeto Marquise da Casa da Esquina convidou 10 ilustradores para criarem imagens associadas a estes conceitos. Assim, no espaço expositivo apresentam-se conceitos diversos traduzidos por ilustrações de Alice Geirinhas, Ana Biscaia, André Ruivo, Daniel Lima, Joana Mosi, José Smith Vargas, Madalena Matoso, Maria João Worm, Marta Monteiro e Sebastião Peixoto. A curadoria é de Ana Biscaia, sendo que assume o design da exposição com Paul Hardman e Joana Corker. Os textos são de Rui Bebiano e a coordenação do projeto de Filipa Alves, Sandra Alves e Ricardo Correia.
A exposição vai estar patente até ao dia 22 de junho e as visitas guiadas para o público em geral ocorrem às 15h30 nos dias 16 de março, 6 de abril e 18 de maio. A exposição tem uma programação associada com um espaço de oficinas que visa abordar várias questões – que vão do silenciamento sobre a Guerra Colonial no espaço público, às lutas estudantis, à fuga como um gesto de protesto e mecanismo de luta, ou ao relato biográfico como construção do indivíduo – e promover o debate sobre a liberdade, as práticas de cidadania e as políticas de memória.
Algumas oficinas, organizadas e orientadas por Ricardo Correia, envolverão uma pequena comunidade de leitores e serão dedicadas à leitura dos textos dramáticos que dão origem à exposição. Também terão lugar oficinas de ilustração, disciplina que é também um lugar de intervenção. André Ruivo, Sebastião Peixoto e José Smith Vargas são os ilustradores responsáveis por orientar três oficinas dedicadas aos alunos das escolas secundárias do concelho de Coimbra.
As oficinas de ilustração (para público escolar) decorrem a 26 de fevereiro, das 10h00 às 12h00 (com André Ruivo), a 12 de março, das 10h00 às 12h00 (com José Smith Vargas) e a 30 de abril, das 10h00 às 12h00 (com Sebastião Peixoto). Por sua vez, as oficinas de leitura (para público em geral) vão ter lugar a 17 de abril, das 19h00 às 20h30 (sobre Crise de 69: O ano em que sonhámos perigosamente) e a 13 de maio, das 19h00 às 20h30 (com Leitura/Oficina GLOSSÁRIO: Cartas da Guerra [61-74], com o elenco da peça). Todas as atividades são de entrada gratuita, limitada à lotação e com inscrição prévia na bilheteira do Convento São Francisco.
O Convento São Francisco é um equipamento cultural do Município de Coimbra, integrado na Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.
Fonte/Foto: CM Coimbra