Nuno Moita apresentou, na quarta-feira, a demissão de presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, conforme apurou o “Campeão”.
O pedido de demissão da liderança partidária do também presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, prende-se com a recente condenação a uma pena suspensa por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).
Nuno Moita foi eleito líder Distrital de Coimbra do PS no ato eleitoral realizado a 5 de novembro de 2022, tendo nesta recandidatura apresentando-se em conjunto com João Portugal, que tinha sido seu adversário nas eleições de há dois anos. A outra candidatura, que não saiu vencedora, foi liderada por Victor Baptista.
Recorde-se que na passada quinta-feira, dia 5 de janeiro, foi conhecida a condenação de Nuno Moita a uma pena suspensa de quatro anos pelo crime de participação económica em negócio, quando era vice-presidente do IGFEJ e relacionado com factos que terão ocorrido entre 2010 e 2012, não tendo ficado impedido de continuar a exercer o cargo de presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova.
Em 2019, o Tribunal Central de Instrução Criminal tinha decidido não o levar a julgamento, mas mais tarde, “voltei a ser acusado após recurso do Ministério Público e agora fui condenado em primeira instância, embora com pena suspensa, de uma forma que considero absolutamente injusta”, escreveu Nuno Moita na sua página da rede social Facebook.
Na publicação que fez, o autarca realçou que vai “recorrer até aos limites do que a Justiça lhe permitir” . “Tenho muitos defeitos, mas esse de que me acusam não tenho. Limitei-me a convidar essas empresas”, vincou Nuno Moita, justificando a publicação para “evitar o uso indevido e aproveitamento abusivo desta situação”.