Programa de Cirurgia Cardíaca chega ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra

O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) recebe hoje o projeto “Tour For Life”, que chega a Portugal com o objetivo de facilitar a formação de profissionais de saúde nas mais recentes técnicas de cirurgia cardíaca. Em causa está o teste de novas tecnologias, em primeira mão, e sem saírem do Hospital.

A iniciativa é da Medtronic, líder mundial em tecnologia médica, que torna acessíveis os últimos avanços na medicina aos profissionais de saúde.

A unidade modelar da “Tour For Life” encontra-se à porta do CHUC – polo Hospital Geral (vulgo Covões) para que os profissionais de saúde do centro hospitalar possam utilizar estas ferramentas e recursos. Durante o dia de hoje, vão realizam-se diversas atividades, desde treinos teóricos e práticos para cirurgiões especializados até simuladores para replicar cirurgias reais.

Entre as técnicas que podem ser realizadas no camião encontram-se todas as relacionadas com os principais problemas cardíacos: substituição de válvulas, reparação cirúrgica de anomalias do músculo cardíaco, ablação cirúrgica com radiofrequência. A experiência inclui ainda simuladores de última geração que permitem testar in situ as últimas tecnologias e terapias.

Antes de chegar a Portugal, a “Tour For Life” passou pela Bélgica, Suíça, França, Reino Unido, Irlanda e Espanha com sucesso. Depois de passar pela Península Ibérica, o camião passará pela Itália, Alemanha e países nórdicos.

No ano de 2022 foram realizadas no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos do CHUC 1302 intervenções cirúrgicas. Do foro cardíaco foram efetuadas 902 intervenções, das quais 795 correspondiam a patologia adquirida e 107 a patologia congénita e pediátrica. Atualmente, a cirurgia cardíaca oferece a oportunidade do doente ser intervencionado com técnicas minimamente invasivas e endoscópicas. A maioria dos procedimentos de revascularização miocárdica (>85%) são realizados sem recurso a circulação extracorpórea.

O Serviço mantém a atividade de transplantação e agora com a possibilidade de implantação de assistências mecânicas circulatórias de longa duração e intracorpóreas, por vezes, uma opção ao transplante cardíaco. Do foro torácico, foram intervencionados 400 doentes, dos quais 62% beneficiaram de procedimentos minimamente invasivos por videotoracoscopia.